
Conquistando uma enorme legião de players desde a sua estreia em “Crimson Crisis” e se tornando uma ameaça mundial assim que lançado o “Raging Batle” (ambos boosters de 2009), o “Blackwing” fora um dos arquétipos mais aterrorizantes na história do Yu-Gi-Oh! Não devido apenas à força e a velocidade com que o deck atacava, mas também pelo talento no grind game, fazendo-os uma ferramenta mortal principalmente na mão de duelistas experientes.
Era
da Asa Negra.
Tivemos
uma era. Definitivamente. E se você não estava pelas bandas quando o Crow
jogava de meta, aqui vai uma breve retrospectiva: Poucas estratégias podiam
fazer frente à consistência do deck em seu ano de lançamento e no seguinte. Em
setembro de 2009, tuners eram algo, daí a primeira limitação: “Blackwing – Gale
the Whirlwind”, que entrava em qualquer deck, sendo uma das melhores respostas
para um “Stardust Dragon” + “Bottomless Trap Hole”.
Limitação justa quando se mantinham
intactas as cópias de “Blackwing – Kallut the Moon Shadow” jogadas juntas aos
ataques economicamente brutais da “Blackwing – Shura the Blue Flame”. O deck
era sustentado pela “Black Whirlwind”, fonte contínua de cards a cada turno e principal
sustento para a estratégia atravessar o early
game.
Ambos “Brionac, Dragon of the Ice
Barrier” e o “Goyo Guardian” faziam a festa em todos e qualquer Extra Deck, e
aqui, a vitória com eles estava a uma “Blackwing – Blizzard the Far North” de
distância. Não apenas estes synchros, mas acesso às Invocações exclusivas do
arquétipo definitivamente contribuía para o sucesso nos mundiais de 2009 e 2010,
conquistando o campeonato no primeiro e ocupando duas listas do top4 no
segundo.
A
queda das Asas Negras.
Tão
logo o seu suporte de “Blackwing – Vayu the Emblem of Honor” lançou, “Royal
Opression” se tornou ainda mais importante e devastadora. De uma forma bem
menos explosiva e sim controlada, o deck atingiu sua maturidade. Existiram
variações Turbo também, mas era uma estratégia que nem mesmo disputava com os
maiores rivais da época. “Gladiator Beast” sempre fora um bom desafiante, e os
“X-Saber” continuavam a se fortalecer com o lançamento do “The Shining
Darkness”; por fim, suportes como a bonitinha “Blackwing – Breeze the Zephyr”
não tinha exatamente a pegada para enfrentar os “Infernity”, não é? E a partir
daqui, era aberta a temporada de caça às Asas Negras, e o deck perderia suas
principais cartas nas listas de restrições seguintes.
Apesar da dificuldade de se duelar com
cada vez menos cópias da “Black Whirlwind”, vitórias ainda eram possíveis. Mas
a força um dia mais consistentemente mortífera do jogo passaria a ser um velho viveiro
de passarinhos quando, enfim, a lista lhe deu o seu derradeiro golpe:
“Blackwing – Kallut the Moon Shadow”, limitada em Março de 2011, sepultando
permanentemente o arquétipo nos anos seguintes de competição.
Contra
as Mãos do Tempo.
Depois
de muitos formatos engaiolados no vasto reino do esquecimento, agora o tema
supera a marca de trinta monstros e quinze outros suportes diretos, e
retorna, ainda que timidamente, à cena competitiva. Apesar da maioria dos
suportes recebidos até aqui serem questionáveis, ao menos eles adicionam
versatilidade à estratégia – considere a nova pool um bônus, já que podemos usar três cópias de Kallut e Black Whirlwind
de volta, pressionando o adversário desde o momento em que ele sabe o que está
enfrentando, que é o que interessa de verdade.
Os tempos são outros sim e os wings não
parecem rápidos como outrora. Mas desde o lançamento da “Dragons of Legend”, eles
ressurgiram em diversos locais e regionais pelo Brasil. O porquê do retorno às
mesas é simples, e se você planeja jogar de Blackwing, há uma ótima
oportunidade para o metageme recheado de Hands e que nos encontramos.
Apesar do hype que a “Soul Charge”
recebeu, dois cards tiveram um impacto maior sobre como jogamos
competitivamente: “Fire Hand” e “Ice Hand” encontraram espaço em quase todos os
decks deste vasto formato, passando de side deck a estruturar o segundo deck
mais dominante do formato (H[and]A[rtifact]T[raptrix]. E entre “Icarus Attack”, “Skill Drain”, “Vanity’s
Emptiness” e as armadilhas vírus para machucar também outros decks populares,
juntamente com as staples da DRLG, os BW adquirem isto: Black Sonic: When an opponent's monster declares an attack on
a "Blackwing" monster you control: Banish all face-up Attack Position monsters your opponent controls. If
you control exactly 3 "Blackwing" monsters (and no other monsters),
you can activate this card from your hand.
Enquanto “Dimensional Prison” seria a forma mais sólida e
simples de counterar as hands, “Black Sonic” pode exterminar completamente a
pressão do HAT, e qualquer duelista “Bujin” irá detestá-la também, pode
apostar! É uma armadilha condicional, contudo imprevisível e devastadora o
suficiente para tirar o adversário do jogo. E entre outros suportes a se
listar, “Delta Crow – Anti Reverse” se sobressai desligando muitas outras
estratégias dependentes de backroll, principalmente no primeiro turno da
partida.
Estes são dois simples exemplos da
capacidade que os Blackwings possuem. Qualquer deck com um searcher contínuo,
uma versão correspondente entre “Honest”, “Heavy Storm” e “Mirror Force”
logicamente tem potencial.
Todavia,
terminamos o primeiro post deste segundo ADS por aqui. Muita coisa interessante
está por vir a respeito das Blackwings, e estou trabalhando em algumas
decklists extremamente competitivas, por isso, espere por mais leituras aqui!
Também administro uma nova coluna no blog a partir de semana que vem, então
aqui é a minha deixa, por ora. Tenham um grande fim de semana e até a que vem!
E
aí, leitor. Blackwing já foi ou ainda é um deck popular no seu local? Então
deixe seu comentário! Nós da 5D’s realmente gostaríamos de saber!
Juan
Oliveira. Equipe Turbo RS, Rio Grande.