[ADM]: Blackwing!

segunda-feira, 16 de junho de 2014


Conquistando uma enorme legião de players desde a sua estreia em “Crimson Crisis” e se tornando uma ameaça mundial assim que lançado o “Raging Batle” (ambos boosters de 2009), o “Blackwing” fora um dos arquétipos mais aterrorizantes na história do Yu-Gi-Oh! Não devido apenas à força e a velocidade com que o deck atacava, mas também pelo talento no grind game, fazendo-os uma ferramenta mortal principalmente na mão de duelistas experientes.

Era da Asa Negra.

Tivemos uma era. Definitivamente. E se você não estava pelas bandas quando o Crow jogava de meta, aqui vai uma breve retrospectiva: Poucas estratégias podiam fazer frente à consistência do deck em seu ano de lançamento e no seguinte. Em setembro de 2009, tuners eram algo, daí a primeira limitação: “Blackwing – Gale the Whirlwind”, que entrava em qualquer deck, sendo uma das melhores respostas para um “Stardust Dragon” + “Bottomless Trap Hole”.
Limitação justa quando se mantinham intactas as cópias de “Blackwing – Kallut the Moon Shadow” jogadas juntas aos ataques economicamente brutais da “Blackwing – Shura the Blue Flame”. O deck era sustentado pela “Black Whirlwind”, fonte contínua de cards a cada turno e principal sustento para a estratégia atravessar o early game.
Ambos “Brionac, Dragon of the Ice Barrier” e o “Goyo Guardian” faziam a festa em todos e qualquer Extra Deck, e aqui, a vitória com eles estava a uma “Blackwing – Blizzard the Far North” de distância. Não apenas estes synchros, mas acesso às Invocações exclusivas do arquétipo definitivamente contribuía para o sucesso nos mundiais de 2009 e 2010, conquistando o campeonato no primeiro e ocupando duas listas do top4 no segundo.

A queda das Asas Negras.

Tão logo o seu suporte de “Blackwing – Vayu the Emblem of Honor” lançou, “Royal Opression” se tornou ainda mais importante e devastadora. De uma forma bem menos explosiva e sim controlada, o deck atingiu sua maturidade. Existiram variações Turbo também, mas era uma estratégia que nem mesmo disputava com os maiores rivais da época. “Gladiator Beast” sempre fora um bom desafiante, e os “X-Saber” continuavam a se fortalecer com o lançamento do “The Shining Darkness”; por fim, suportes como a bonitinha “Blackwing – Breeze the Zephyr” não tinha exatamente a pegada para enfrentar os “Infernity”, não é? E a partir daqui, era aberta a temporada de caça às Asas Negras, e o deck perderia suas principais cartas nas listas de restrições seguintes.
Apesar da dificuldade de se duelar com cada vez menos cópias da “Black Whirlwind”, vitórias ainda eram possíveis. Mas a força um dia mais consistentemente mortífera do jogo passaria a ser um velho viveiro de passarinhos quando, enfim, a lista lhe deu o seu derradeiro golpe: “Blackwing – Kallut the Moon Shadow”, limitada em Março de 2011, sepultando permanentemente o arquétipo nos anos seguintes de competição.

Contra as Mãos do Tempo.

Depois de muitos formatos engaiolados no vasto reino do esquecimento, agora o tema supera a marca de trinta monstros e quinze outros suportes diretos, e retorna, ainda que timidamente, à cena competitiva. Apesar da maioria dos suportes recebidos até aqui serem questionáveis, ao menos eles adicionam versatilidade à estratégia – considere a nova pool um bônus, já que podemos usar três cópias de Kallut e Black Whirlwind de volta, pressionando o adversário desde o momento em que ele sabe o que está enfrentando, que é o que interessa de verdade.
            Os tempos são outros sim e os wings não parecem rápidos como outrora. Mas desde o lançamento da “Dragons of Legend”, eles ressurgiram em diversos locais e regionais pelo Brasil. O porquê do retorno às mesas é simples, e se você planeja jogar de Blackwing, há uma ótima oportunidade para o metageme recheado de Hands e que nos encontramos.
            Apesar do hype que a “Soul Charge” recebeu, dois cards tiveram um impacto maior sobre como jogamos competitivamente: “Fire Hand” e “Ice Hand” encontraram espaço em quase todos os decks deste vasto formato, passando de side deck a estruturar o segundo deck mais dominante do formato (H[and]A[rtifact]T[raptrix]. E entre “Icarus Attack”, “Skill Drain”, “Vanity’s Emptiness” e as armadilhas vírus para machucar também outros decks populares, juntamente com as staples da DRLG, os BW adquirem isto: Black Sonic: When an opponent's monster declares an attack on a "Blackwing" monster you control: Banish all face-up Attack Position monsters your opponent controls. If you control exactly 3 "Blackwing" monsters (and no other monsters), you can activate this card from your hand.
            Enquanto “Dimensional Prison” seria a forma mais sólida e simples de counterar as hands, “Black Sonic” pode exterminar completamente a pressão do HAT, e qualquer duelista “Bujin” irá detestá-la também, pode apostar! É uma armadilha condicional, contudo imprevisível e devastadora o suficiente para tirar o adversário do jogo. E entre outros suportes a se listar, “Delta Crow – Anti Reverse” se sobressai desligando muitas outras estratégias dependentes de backroll, principalmente no primeiro turno da partida.
            Estes são dois simples exemplos da capacidade que os Blackwings possuem. Qualquer deck com um searcher contínuo, uma versão correspondente entre “Honest”, “Heavy Storm” e “Mirror Force” logicamente tem potencial.

Todavia, terminamos o primeiro post deste segundo ADS por aqui. Muita coisa interessante está por vir a respeito das Blackwings, e estou trabalhando em algumas decklists extremamente competitivas, por isso, espere por mais leituras aqui! Também administro uma nova coluna no blog a partir de semana que vem, então aqui é a minha deixa, por ora. Tenham um grande fim de semana e até a que vem!

E aí, leitor. Blackwing já foi ou ainda é um deck popular no seu local? Então deixe seu comentário! Nós da 5D’s realmente gostaríamos de saber!


Juan Oliveira. Equipe Turbo RS, Rio Grande.